INTERNACIONAL – Lula alerta sobre polarização na América Latina e defende paz em discurso na Assembleia-Geral da ONU e critica ações militares dos EUA na Venezuela.

Em uma declaração impactante durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada na última terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou sobre a crescente polarização e instabilidade que afligem a América Latina e o Caribe. O líder ressaltou que a prioridade da região deve ser a manutenção de um ambiente de paz, enfatizando que a América Latina se distingue como um continente livre de armas de destruição em massa e isento de conflitos étnicos ou religiosos.

Lula destacou a importância de um combate eficaz ao tráfico de drogas, que segundo ele, deve ser orientado pela cooperação internacional para coibir a lavagem de dinheiro e regular o comércio de armas. O presidente também fez uma crítica contundente ao uso de força letal em contextos que não configuram conflitos armados, classificando essas ações como execuções sem julgamento. Ele citou casos em que intervenções de potências globais resultaram em consequências humanitárias desastrosas, sugerindo que a diplomacia deve prevalecer sobre a militarização.

O discurso de Lula também abordou questões delicadas que envolvem países vizinhos. Ele defendeu que o diálogo deve ser a via aberta para a resolução da crise na Venezuela, além de manifestar seu desejo por um futuro pacífico para o Haiti. Ademais, o presidente não hesitou em considerar inadmissível a categorização de Cuba como um país que patrocina o terrorismo, revelando seu posicionamento a favor da soberania e da igualdade entre as nações.

No contexto geopolítico atual, a presença militar dos Estados Unidos nas proximidades da Venezuela tem gerado tensões. A administração de Donald Trump movimentou navios e um submarino para a costa venezuelana, justificando essa ação com a alegação de combate ao narcotráfico. Por outro lado, o governo de Nicolás Maduro refuta essas acusações, sugerindo que a estratégia dos EUA visa uma mudança de regime no país, que é rico em recursos petrolíferos.

Com a complexidade da situação na região, Lula reitera a necessidade de um comprometimento coletivo em construir uma América Latina que promova a paz e o respeito à soberania das nações, afastando as sombras da intervenção militar e da política externa agressiva.

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