INTERNACIONAL – Lula alerta em Nova York: “Democracia em risco; precisamos reviver o diálogo e a organização popular para enfrentar a extrema-direita e fortalecer instituições”.

Na 2ª edição do evento “Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo”, realizada em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado por líderes de aproximadamente 30 nações, enfatizou que o futuro da humanidade está intrinsecamente ligado à defesa da democracia. Em seu discurso, ocorrido nesta quarta-feira, Lula destacou que apenas a democracia tem a capacidade de reconstruir o multilateralismo e a harmonia nas relações entre os seres humanos e os Estados.

Promovido em colaboração com outros líderes, incluindo o presidente do Chile, Gabriel Boric, e o da Espanha, Pedro Sánchez, o evento visa fomentar uma diplomacia ativa e a cooperação internacional. Os esforços se concentram na luta contra a deterioração das instituições democráticas, a desinformação, o discurso de ódio e a desigualdade social. Lunete a um posicionamento que ressoa com a esquerda mundial, especialmente a latino-americana, o presidente abriu um espaço para reflexões sobre a ascensão do extremismo de direita.

Lula instou os presentes a refletirem sobre suas ações em defesa da democracia. “O que fizemos ontem para promover a democracia? Com quantas pessoas falamos sobre organização popular?”, questionou, ressaltando a necessidade de um diálogo efetivo e uma mobilização coletiva. Essa interação é essencial para proteger e fortalecer os princípios democráticos.

Além disso, o presidente analisou as práticas políticas atuais, criticando a tendência de atender mais aos interesses de inimigos do que de aliados. Ele argumentou que muitas vezes as decisões de governo são influenciadas por pressões externas, sejam elas da mídia ou do mercado, em detrimento dos eleitores que, em sua luta pela democracia, enfrentam adversidades.

“Precisamos reconhecer onde erramos enquanto defensores da democracia”, afirmou Lula, enfatizando que é fundamental reconhecer os deslizes na relação com a sociedade civil. Para ele, o verdadeiro desafio reside em identificar como a democracia está sendo exercida em cada país. Essa autorreflexão, segundo o presidente, é vital para reverter o crescimento do extremismo e do discurso antidemocrático.

Lula concluiu sua fala chamando a atenção para a urgência de uma resposta unificada em prol da democracia, alertando que sem ela, a sociedade poderá ser sufocada por narrativas negacionistas e fascistas que ameaçam a liberdade e a justiça social.

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