Durante uma coletiva de imprensa, Lula salientou a urgência de promover um diálogo construtivo, afirmando: “Eu saí da reunião com o presidente Trump certo de que a gente vai estabelecer um acordo. Disse a ele que era muito importante que nossos negociadores começassem a negociar logo.” A COP30 é um evento de grande relevância, e o presidente brasileiro acredita que é essencial que as negociações entre os dois países avancem paralelamente às discussões sobre mudanças climáticas.
Caso as conversas não avancem como esperado, Lula pretende estabelecer um novo contato telefônico com Trump após a Conferência. Ele enfatizou a necessidade de marcar uma reunião entre os negociadores de ambos os lados, o que indica uma preocupação com a direção que as relações bilaterais estão tomando.
No que diz respeito à história recente das relações entre Brasil e Estados Unidos, é relevante mencionar que em outubro passado, Lula se encontrou com Trump em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). Durante essa reunião, o presidente brasileiro solicitou a suspensão imediata de tarifas que estavam em vigor contra produtos brasileiros, implementadas pelo governo dos EUA, as quais afetaram significativamente as exportações.
Em julho, Trump havia anunciado um aumento de tarifas de 50% sobre exportações brasileiras, uma ação que foi seguida por outras sanções e revogações de vistos que impactaram membros do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal. Lula reafirma sua posição de que não há motivos para desavenças e que um diálogo aberto pode levar a soluções benéficas para ambos os países, ressaltando que a boa vontade e o entendimento são essenciais para encontrar um caminho comum.
