Os réus foram considerados culpados por crime contra a integridade moral com agravante de discriminação por motivos racistas e receberam a pena de oito meses de prisão, além de terem que arcar com os custos do processo. Além disso, ficarão banidos por dois anos de estádios que sediarem jogos organizados pela La Liga ou pela Real Federação Espanhola de Futebol.
Em comunicado, a La Liga destacou a importância dessa condenação inédita, que foi possível graças ao trabalho conjunto da entidade, da Real Federação Espanhola de Futebol, do Real Madrid e do próprio jogador ofendido, Vinicius Jr. Durante a audiência, os réus fizeram um pedido de desculpas ao atleta e ao clube merengue, demonstrando arrependimento por seus atos.
Para o presidente da La Liga, Javier Tebas, essa decisão representa um avanço na luta contra o racismo no futebol espanhol. Segundo ele, a punição aos torcedores racistas serve como um alerta para aqueles que frequentam estádios com o intuito de propagar discursos de ódio. A entidade se comprometeu a identificar e denunciar qualquer atitude discriminatória nos estádios, garantindo que haverá consequências criminais para os responsáveis.
Essa medida demonstra o compromisso das autoridades esportivas em combater atitudes racistas no futebol e proteger a integridade dos jogadores, considerando que o racismo prejudica não apenas os atletas diretamente afetados, mas toda a sociedade. A mensagem é clara: o racismo não será tolerado nos campos de futebol espanhóis.