INTERNACIONAL – Junho de 2024 se consolida como o mês mais quente já registrado, indicando um recorde global de altas temperaturas.



O mês de junho foi marcado por altas temperaturas em todo o planeta, de acordo com o serviço de monitoramento de mudanças climáticas da União Europeia. Este foi o junho mais quente já registrado, seguindo uma tendência de aumento das temperaturas que vem sendo observada nos últimos meses. Cientistas alertam que, se essa tendência continuar, 2024 pode se tornar o ano mais quente da história.

Desde junho de 2023, todos os meses foram classificados como os mais quentes já registrados, em comparação com os anos anteriores. O Serviço de Alterações Climáticas Copernicus (C3S) aponta que as alterações climáticas causadas pelo homem e pelo fenômeno natural El Niño contribuíram para os recordes de temperatura observados nos últimos meses.

Segundo Zeke Hausfather, cientista investigador da Berkeley Earth, há uma probabilidade de 95% de que 2024 supere 2023 como o ano mais quente registrado desde o início dos registros de temperatura global. Esse cenário preocupa especialistas, pois as consequências das mudanças climáticas já estão sendo sentidas em todo o mundo.

O calor intenso do último mês resultou em mais de mil mortes durante a peregrinação do hajj, em Meca, e em outras regiões, como Nova Delhi na Índia e na Grécia. Friederike Otto, cientista climática do Instituto Grantham, alerta que as emissões de gases de efeito estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis são a principal causa das alterações climáticas que estão levando a esses recordes de temperatura.

Os dados do C3S mostram que a temperatura média global está 1,64 graus Celsius acima da média pré-industrial, o que confirma a preocupante tendência de aquecimento global. A principal mensagem dos cientistas é que, embora o El Niño seja um fenômeno natural que influencia as temperaturas, as ações humanas também desempenham um papel fundamental nesse cenário. Controlar as emissões de gases de efeito estufa é essencial para frear o avanço das mudanças climáticas e evitar consequências ainda mais desastrosas para o planeta.

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