No entanto, a batalha legal ainda não está encerrada. Assange enfrenta 18 acusações com base na Lei de Espionagem dos EUA e, se condenado, pode enfrentar uma pena de até 175 anos de prisão. A repercussão da decisão foi marcada por um protesto em frente ao tribunal em Londres, com centenas de pessoas exigindo a libertação imediata do jornalista.
A esposa de Assange, Estella Assange, expressou alívio com a decisão, mas questionou por quanto tempo essa sensação duraria. Ela também fez um apelo direto ao presidente dos EUA, Joe Biden, solicitando que desista das acusações contra seu marido. Segundo Estella, é o momento de abandonar o caso e encerrar o ataque vergonhoso aos jornalistas e à liberdade de imprensa.
A controvérsia em torno de Assange reside nas revelações feitas pelo WikiLeaks de documentos militares e diplomáticos confidenciais, que expuseram crimes de guerra e abusos de direitos humanos. As autoridades norte-americanas argumentam que as ações de Assange prejudicaram a segurança nacional dos EUA.
Para Estella Assange, seu marido está na prisão por exercer o bom jornalismo, expondo a corrupção e as violações de direitos humanos. A defesa do jornalista argumenta que ele não teria um julgamento justo nos tribunais americanos, devido à natureza das acusações de espionagem contra ele.
A repercussão da decisão de permitir um novo recurso na justiça britânica animou os manifestantes presentes e foi elogiada por organizações de jornalistas e de direitos humanos. O presidente da Federação Internacional de Jornalistas destacou a importância do caso Assange para a liberdade de imprensa em todo o mundo.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou em apoio a Assange, pedindo sua libertação o mais rápido possível. Lula destacou a importância de defender a liberdade de expressão e apoiar jornalistas como Assange na luta pela transparência e pelos direitos fundamentais.