INTERNACIONAL – Jornalistas registram mais de 90 mortes em 2023; Israel-Hamas é o conflito mais letal em 30 anos.



Em 2023, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) contabilizou um número alarmante de 94 jornalistas mortos no exercício de suas funções em diversos países ao redor do mundo. A organização expressou grande preocupação com o aumento significativo em comparação com anos anteriores, incluindo um número extremamente elevado na guerra entre Israel e Hamas, que vitimou mais profissionais da comunicação do que qualquer outro conflito em mais de 30 anos.

A presidente da FIJ, Dominique Pradalié, afirmou que o imperativo de uma nova norma global para a proteção dos jornalistas e de uma aplicação internacional eficaz nunca foi tão grande. Ela ressaltou a necessidade urgente de uma melhor proteção para os profissionais da comunicação e clamou por responsabilização dos agressores.

A guerra entre Israel e o grupo islâmico palestiniano Hamas resultou na morte de 68 jornalistas, representando mais de 72% de todas as mortes ocorridas este ano nos meios de comunicação social em todo o mundo. A grande maioria dos mortos eram jornalistas palestinos em Gaza, onde as forças israelenses continuam a ofensiva iniciada após o ataque do Hamas a Israel no início de outubro.

Além disso, a Ucrânia continuou sendo um país perigoso para os jornalistas, com três repórteres ou trabalhadores dos meios de comunicação mortos na guerra da Rússia contra a Ucrânia desde o início do ano. A FIJ também lamentou as mortes de jornalistas em países como Afeganistão, Filipinas, Índia, China e Bangladesh, manifestando preocupação com a impunidade de crimes contra trabalhadores da mídia.

A organização registrou uma diminuição no número de jornalistas mortos na América do Norte e do Sul em comparação com o ano anterior. No entanto, destacou assassinatos em países africanos, como Camarões, Sudão e Lesoto, que ainda não foram completamente investigados.

Além das mortes, a FIJ também alertou para um alto número de trabalhadores dos meios de comunicação social detidos, com destaque para China, Hong Kong, Myanmar, Turquia, Rússia, Crimeia ocupada, Bielorrússia e Egito. A organização expressou a necessidade de ações para garantir a segurança dos jornalistas e responsabilização dos perpetradores.

Em meio a esses relatos alarmantes, a FIJ reforçou sua missão de promover a liberdade de imprensa e a segurança dos jornalistas em todo o mundo, destacando a importância do trabalho dos profissionais da comunicação para a democracia e os direitos humanos.

A FIJ concluiu seu comunicado proibindo a reprodução do conteúdo, ressaltando a gravidade e o caráter sensível dos dados compartilhados sobre as mortes e detenções de jornalistas em todo o mundo.

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