INTERNACIONAL – Italianos da Flotilha Global Sumud deixam Israel após acordo de expulsão, enquanto 15 ativistas aguardam decisão judicial sobre permanência no país.

Na manhã de hoje, 4 de outubro, um grupo de 26 ativistas italianos que integravam a Flotilha Global Sumud, interceptada pelas autoridades israelenses enquanto tentavam chegar a Gaza, está prestes a retornar à Itália. A informação foi comunicada pelo ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, que destacou que os ativistas assinaram um documento de expulsão voluntária e embarcarão em um voo fretado rumo a Istambul.

Esses ativistas já foram levados à base aérea de Ramon, localizada ao sul de Israel, e sairão do país pelo aeroporto de Eilat. Entretanto, outros 15 cidadãos italianos permanecerão em solo israelense, uma vez que optaram por não assinar o documento de expulsão. Segundo Tajani, esses indivíduos enfrentarão um processo de expulsão judicial que ocorrerá na próxima semana. O ministro também fez um apelo à embaixada italiana em Tel Aviv para que assegurasse que seus nacionais fossem tratados com dignidade e respeitados em seus direitos.

Na sexta-feira passada, quatro políticos de esquerda, críticos ao governo da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que também estavam a bordo da flotilha, chegaram a Roma após serem libertados. As autoridades israelenses haviam detido cerca de 450 ativistas que viajavam na embarcação em um esforço para levar ajuda humanitária a Gaza, na tentativa de quebrar o bloqueio imposto ao enclave palestiniano. Esses detidos foram mantidos na prisão de Saharonim, no deserto israelense.

Enquanto isso, as autoridades cipriotas relataram que duas embarcações que participaram da flotilha conseguiram atracar em portos do Chipre após solicitarem permissão para abastecimento e apoio humanitário. A primeira dessas embarcações, que não teve seu nome divulgado, chegou ao porto de Larnaca com 21 ativistas de diversas nacionalidades a bordo, enfrentando condições de navegação adversas. A embarcação ficou sob a vigilância da polícia e das patrulhas marítimas até a noite de sexta-feira, e duas pessoas foram atendidas por uma equipe médica devido a problemas de saúde, mas não precisaram de hospitalização.

Posteriormente, uma segunda embarcação, chamada Seiren, também foi autorizada a atracar em Pafos, trazendo mais 10 indivíduos. De acordo com informações de agências locais, essa embarcação de bandeira italiana deve deixar o porto cipriota ainda hoje.

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