Segundo autoridades de saúde, pelo menos 23 palestinos foram mortos em dois ataques aéreos israelenses separados nas cidades de Khan Younis e Rafah, no sul de Gaza. Em Khan Younis, um homem resgatado dos escombros de uma casa onde havia 11 pessoas advertiu que Israel receberia “uma lição muito dura”. Ele criticou a força e o poder de Israel ao atacar civis, inclusive crianças e idosos.
Desde o ataque do Hamas ao sul de Israel há um mês, as forças israelenses têm bombardeado Gaza. Autoridades de saúde em Gaza afirmam que mais de 10 mil palestinos foram mortos, incluindo cerca de 4,1 mil crianças. Tanto Israel quanto o Hamas rejeitaram os apelos por um cessar-fogo. Israel exige a libertação dos reféns antes de qualquer interrupção nos combates, enquanto o Hamas afirma que não os libertará enquanto Gaza estiver sob ataque.
O primeiro-ministro Netanyahu afirmou que um cessar-fogo geral prejudicaria os esforços de guerra de Israel, mas que a interrupção por motivos humanitários continuaria sendo considerada com base nas circunstâncias. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discutiu a possibilidade de pausas nos combates e a libertação de reféns durante uma ligação telefônica com Netanyahu, reiterando o apoio dos EUA a Israel. Ambos os países temem que o Hamas se aproveite de um cessar-fogo total para se reagrupar.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que Gaza está se tornando um “cemitério de crianças”. Ele criticou tanto as operações terrestres de Israel quanto os lançamentos indiscriminados de foguetes por parte do Hamas. Organizações internacionais expressaram preocupação com a situação em Gaza, afirmando que os hospitais estão sobrecarregados, os suprimentos de alimentos e água potável estão se esgotando e as entregas de ajuda não são suficientes.
Os militares israelenses afirmaram ter assumido o controle de um reduto militar do Hamas no norte de Gaza, onde encontraram mísseis, lançadores antitanque, armas e materiais de inteligência. A aviação israelense também atingiu militantes do Hamas que estavam se preparando para lançar um ataque contra as forças israelenses próximo ao Hospital al-Quds.
Nesta situação de conflito contínuo, a comunidade internacional reforça seus apelos por um cessar-fogo para proteger a população civil em Gaza e permitir o acesso a ajuda humanitária. A escalada da violência tem resultado em um alto número de civis mortos e feridos, além do colapso dos serviços de saúde e suprimentos básicos.
