De acordo com o Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, a operação teve como propósito demonstrar a força das armadas do país em resposta ao que qualificaram como uma “agressão descarada” dos Estados Unidos. O número de mísseis lançados, segundo o comunicado, corresponde ao total de bombas utilizadas pelos EUA nas suas ações contra as instalações nucleares iranianas.
O ataque ocorreu em um contexto de tensões elevadas entre os dois países. O governo iraniano assegurou que a ação não representou uma ameaça ao Catar, um “país amigo e irmão”, e reafirmou seu compromisso de manter relações históricas e calorosas com o pequeno emirado. A emissora Al-Jazera, com sede em Doha, relatou a presença de explosões e sinalizadores no céu da capital qatari, que, após o ataque, fechou seu espaço aéreo e tomou medidas de segurança adicionais.
Em resposta aos eventos, o ministro das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, condenou os ataques e afirmou que o país se reserva o direito de responder conforme a natureza e a escala da agressão. Ele destacou que as forças de defesa do Catar conseguiram frustrar o ataque e que, por medida de precaução, o pessoal da base militar já havia sido evacuado antes do incidente, garantindo que não houve feridos.
O ataque também se insere em um contexto maior de conflitos e disputas no Oriente Médio, envolvendo não apenas Irã e Estados Unidos, mas também Israel, que recentemente intensificou as hostilidades em relação ao país persa sob a alegação de que o Irã estaria próximo de desenvolver armas nucleares. O programa nuclear do Irã é declarado como pacífico, mas enfrenta críticas e desconfiança de nações ocidentais, que acusam o país de não cumprir suas obrigações internacionais.
A situação continua a evoluir, com as tensões regionais permanentes e a comunidade internacional observando atentamente os desdobramentos desses eventos. A escalada militar entre as potências pode ter sérias implicações para a estabilidade do Oriente Médio e para as relações internacionais como um todo.