Saree declarou que, ao se envolver numa ação contra o Irã, os EUA se tornariam alvos legítimos das forças iemenitas, que já estão monitorando de perto os movimentos na região. “Se os americanos estiverem colaborando com Israel em um ataque contra o Irã, as Forças Armadas do Iémen atacarão seus barcos e navios de guerra”, ressaltou. Essa posição demonstrou a alta tensão que permeia o Oriente Médio, especialmente após notícias de que bombardeiros B-2 dos EUA estavam sendo deslocados para a Ilha de Guam, no Pacífico, aumentando as preocupações sobre uma potencial escalada de hostilidades.
O governo iemenita, liderado pelos houthis, reafirmou seu apoio a qualquer país árabe ou islâmico que estivesse sob ataque israelense. Saree destacou que a solidariedade com os palestinos é um imperativo moral e que não permitirão que Israel, com suporte dos EUA, avance em seus planos na região. “Não abandonaremos nossos irmãos na Faixa de Gaza”, acrescentou o porta-voz.
Os houthis têm realizado ataques no Mar Vermelho em apoio à Palestina, além de lançarem mísseis em direção a Israel, mesmo após um acordo em maio com os Estados Unidos para limitar suas ações contra embarcações americanas.
Simultaneamente, Israel intensificou suas operações militares, informando ter eliminado Behnam Shariyari, comandante da Força Quds do Irã, e realizando bombardeios em instalações nucleares iranianas, em um esforço para desmantelar o que considera uma ameaça nuclear. A crítica à estratégia do Irã permanece acentuada, com alegações que o país não respeita suas obrigações internacionais.
O cenário se agrava em um contexto já marcado por altos números de vítimas, com as autoridades de ambos os lados registrando mais de 430 mortos no Irã e cerca de 30 em Israel desde o início do conflito, que entra em seu nono dia. O envolvimento dos EUA na guerra se torna uma preocupação crescente para a estabilidade regional, enquanto o governo de Donald Trump se prepara para uma decisão sobre a atuação militar americana nas próximas semanas. A complexidade da política externa americana em relação ao Oriente Médio se intensifica, destacando a necessidade de diplomacia em um ambiente marcado por conflitos prolongados.