Segundo a HRW, a coligação de grupos da oposição, liderados pela organização radical islâmica Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que conquistou territórios e pôs fim ao regime da família Assad, também é responsável por violações aos direitos humanos e crimes de guerra. Diante das preocupações ocidentais sobre o tratamento das minorias pela nova liderança, o primeiro-ministro interino Mohammad al-Bashir garantiu que o governo de transição irá proteger os direitos de todos os povos e credos.
A direção da HRW enfatizou a importância da nova liderança síria em dar o exemplo, especialmente através da proteção dos direitos fundamentais na elaboração de uma nova Constituição. Lama Fakih, diretora da HRW para o Oriente Médio e Norte da África, ressaltou que este é um momento crucial para rejeitar o horror do passado e estabelecer um novo caminho para o país.
Além disso, a HRW pediu que as novas autoridades ratifiquem e implementem tratados internacionais de direitos humanos e instrumentos legais que não foram adotados pelo governo de Assad. A organização também instou a ONU e os países estrangeiros a apoiarem a transição na Síria, levantando sanções que estão dificultando os esforços humanitários e garantindo um ambiente seguro para o retorno dos refugiados sírios.
A guerra civil na Síria, que teve início em 2011 após a repressão violenta de manifestações pró-democracia pelo regime de Assad, resultou em mais de 500 mil mortes e milhões de pessoas deslocadas. Agora, com o fim do regime de Assad, a esperança é de que a Síria possa finalmente caminhar em direção a um futuro de respeito aos direitos humanos e paz duradoura.