Por meio de nota, o grupo afirmou: “O Hamas confirma a continuação da implementação do acordo a partir do que foi assinado, incluindo a troca de prisioneiros de acordo com o cronograma especificado”. Essa decisão vem após o anúncio feito no início da semana sobre a possibilidade de interromper a entrega dos reféns, devido às supostas violações por parte de Israel do acordo de cessar-fogo.
De acordo com autoridades de Gaza, desde o início do cessar-fogo, em 19 de janeiro, 95 palestinos foram mortos e 824 ficaram feridos em ações das forças israelenses. O governo de Israel, por sua vez, prometeu retomar a guerra total caso a entrega dos reféns fosse suspensa até o meio-dia de sábado, contando com o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O Hamas revelou que tem mantido negociações com representantes do Egito e do Catar, a fim de discutir a implementação do acordo diante das violações de Israel, removendo obstáculos que possam atrapalhar o cumprimento das medidas estabelecidas. O foco das reuniões tem sido a garantia de moradia para o povo palestino, além da urgente entrada de suprimentos médicos, combustível e auxílio humanitário.
O grupo acusa Israel de bloquear a entrega de tendas, materiais médicos, mantimentos e equipamentos essenciais, bem como de dificultar a transferência de feridos. O Hamas denuncia também que a ocupação israelense estaria impedindo o transporte de casos médicos pela passagem de fronteira de Rafah.
Diante desse contexto tenso, a comunidade internacional observa com cautela os desdobramentos das negociações entre o Hamas e Israel, aguardando a efetivação do acordo e o cumprimento das medidas estabelecidas para a troca de prisioneiros.