Apesar de morar longe da Faixa de Gaza, Soraya teme uma guerra em larga escala, com possíveis ataques vindos do Hezbollah, no Líbano, da Síria e do Irã. Ela relata que desde o início dos conflitos, ela e sua família têm dormido no bunker, o quarto antibomba. Durante o dia, também passam o máximo de tempo possível no bunker e apenas saem quando o estresse se torna muito grande. Soraya está indecisa se deve voltar ao Brasil, onde parte de sua família vive, ou permanecer em Israel, onde está toda a sua vida, incluindo seu novo negócio. Ela teme se separar fisicamente de seu marido, pois isso afetaria negativamente seus filhos. A família vive com o medo constante do que pode acontecer.
Enquanto isso, o grupo islamita Hamas rejeitou o ultimato de 24 horas dado pelo exército israelense para que os civis se retirassem do norte da Faixa de Gaza. Essa ordem de deslocamento afetaria cerca de metade dos 2,3 milhões de pessoas que vivem na região. O grupo libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, também se mostrou pronto para contribuir no conflito contra Israel, mesmo com vários países apelando para que não se envolvam em uma guerra.
Soraya e sua família estão vivendo em um clima de tensão e incerteza sobre o futuro. Ela não sabe se é mais seguro ficar em Israel ou se deve arriscar voltar para o Brasil. A comerciante teme tanto as consequências de uma possível guerra quanto a possibilidade de se separar de seu marido. A situação na região é instável, com grupos militantes rejeitando ultimatos e outros se preparando para entrar no conflito. O desfecho dessa crise continua incerto e resta aos moradores como Soraya aguardarem e rezarem por dias mais pacíficos.