Enquanto isso, o sistema judicial do Irã confirmou os ataques na prisão de Evin, embora assegurasse que a situação no local estava sob controle. Do outro lado, as forças israelenses se preparavam para interceptar mísseis e drones que estariam sendo lançados pelo Irã. De acordo com fontes iranianas, a 21ª onda de ataques foi realizada contra Israel, com alarmes soando em várias cidades do país, o que demonstra a amplitude da nova ofensiva, que se estende para além dos grandes centros urbanos habituais.
O cenário de combate se complica ainda mais pelo envolvimento dos Estados Unidos, que realizaram bombardeios em três instalações nucleares iranianas. Em resposta, o Irã ameaça retaliar e não descarta a possibilidade de fechar o Estreito de Ormuz, crucial para o transporte de petróleo globalmente. A tensão tem gerado descontentamento interno em Israel, onde diversos cidadãos buscam deixar o país, em meio a cortes de eletricidade em várias regiões e um cenário econômico alarmante.
Especialistas indicam que a situação é precária. O analista Robinson Farinazzo destacou que Israel se encontra em uma situação delicada economicamente, o que leva a uma reflexão sobre as estratégias de ataque do Irã, que têm se mostrado mais reativas do que proativas. Por sua vez, Rodolfo Queiroz Laterza, historiador e especialista em conflitos, apontou que o Irã enfrenta opções difíceis: intensificar os ataques a Israel ou fechar um dos pontos estratégicos mais importantes do mundo. Ambas as encaminhamentos podem provocar reações severas e imprevisíveis, não apenas entre os países envolvidos, mas potencialmente afetando a economia global.
Esse panorama volátil prenuncia uma continuidade de provocações que podem resultar em uma escalada ainda mais intensa do conflito, envolvendo potências externas e desestabilizando ainda mais a já tensa situação no Oriente Médio.