A partida foi marcada por uma grande mobilização popular, com milhares de apoiadores se reunindo no porto de Barcelona. Muitos agitavam bandeiras palestinas e entoavam gritos como “Libertem a Palestina” e “Não é uma guerra, é um genocídio”. Thunberg, ao se dirigir à multidão antes de zarpar, destacou a importância da missão, afirmando que se tratava de um desafio ao sistema internacional que, segundo ela, falha em proteger os direitos humanos e o direito internacional.
Essa não é a primeira tentativa de Thunberg de levar ajuda à Gaza. Em junho, a ativista sueca havia tentado romper o bloqueio naval com um grupo de outros ativistas, mas suas ações resultaram na apreensão do barco por forças israelenses, o que culminou na deportação do grupo. As autoridades israelenses justificam o bloqueio, argumentando que ele é necessário para evitar o contrabando de armas para o Hamas, caracterizando tentativas de romper essa restrição como manobras de propaganda em favor do grupo.
A atual flotilha tem o apoio de outras embarcações que partirão da Grécia, Itália e Tunísia. De acordo com Yasemin Acar, membro do comitê organizador, as iniciativas visam garantir o envio de alimentos e suprimentos para a população de Gaza, que, conforme indicam relatórios de agências de monitoramento, está sofrendo com situações críticas de fome.
Em Gênova, na Itália, cerca de 250 toneladas de alimentos foram arrecadadas por grupos locais e cidadãos, com parte da carga já sendo enviada para Gaza. Outros barcos partirão de Catania, na Sicília, em uma nova remessa programada para o início de setembro.
A situação em Gaza é alarmante, com relatos de que os ataques israelenses resultaram na morte de mais de 63 mil pessoas, a maioria delas civis. Essa realidade intensifica ainda mais a crise humanitária, fazendo com que a necessidade de apoio internacional se torne urgente e inadiável.
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