A aeronave utilizada foi um KC-30, com capacidade para 230 passageiros, e tem como destino final a Base Aérea de Brasília, onde deve pousar às 4h desta quarta-feira (11), de acordo com informações da Força Aérea Brasileira (FAB).
Desde o último sábado (7), quando o grupo Hamas, que governa a Faixa de Gaza, iniciou um ataque contra o território israelense, a embaixada brasileira em Tel Aviv registrou cerca de 2,2 mil contatos de brasileiros em busca de ajuda para deixar o local. A maioria dos brasileiros afetados é formada por turistas que estavam visitando Tel Aviv e Jerusalém.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, aproximadamente 14 mil brasileiros vivem em Israel, além de outros 6 mil na Palestina. Além disso, a região recebe muitos turistas que desejam conhecer locais sagrados ou participar de eventos. Por isso, o governo brasileiro priorizou o resgate de cidadãos que residem no Brasil e visitavam a região sem passagem de volta.
Em resposta aos ataques do Hamas, Israel iniciou uma intensa reação militar, bombardeando a Faixa de Gaza. Segundo autoridades israelenses, já foram registrados mais de 900 mortos e 2.700 feridos desde o início da ofensiva, enquanto o Hamas contabiliza 680 palestinos mortos e 3.700 feridos como resultado da contraofensiva israelense.
Durante o conflito, três atletas profissionais de tênis em cadeira de rodas – Leandro Pena, Ymanitu Silva e Daniel Rodrigues – ficaram presos no aeroporto de Tel Aviv, onde aguardaram por mais de 33 horas até conseguirem embarcar para Bangcoc, na Tailândia, e retornar ao Brasil.
Para auxiliar os brasileiros que ainda estão na região e desejam ser repatriados, a Embaixada do Brasil em Tel Aviv disponibilizou um formulário de inscrição em seu site. Além disso, os plantões consulares estão em funcionamento e podem ser contatados por telefone ou WhatsApp para auxiliar os nacionais em situação de emergência.
O Escritório de Representação em Ramala, na Cisjordânia, também está em contato com os brasileiros na Faixa de Gaza e está elaborando um plano de evacuação em coordenação com a Embaixada do Brasil no Cairo, devido às condições de segurança cada vez mais precárias na região. A situação continua sendo acompanhada de perto pelas autoridades brasileiras.
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