INTERNACIONAL – Governo brasileiro condena uso de tanques por Israel na Cisjordânia e remoção forçada de 40 mil palestinos em operação militar.

O governo brasileiro manifestou sua preocupação e condenação em relação ao uso de tanques nas operações militares realizadas por Israel na região da Cisjordânia, que resultaram na remoção forçada de cerca de 40 mil palestinos. De acordo com informações divulgadas, essa foi a primeira vez em 20 anos que o exército israelense utilizou tanques para desalojar os palestinos dos territórios ocupados na região.

Em comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), o governo brasileiro expressou forte preocupação com a intensificação das operações militares israelenses nos campos de refugiados de Jenin, Tulkarm e Nur Al-Shams, localizados no Norte da Cisjordânia. Além disso, o Brasil condenou o recente emprego de tanques e a ocupação militar, considerando tais ações uma violação do direito internacional e do direito internacional humanitário.

No último domingo (23), Israel realizou uma nova operação militar na Cisjordânia, resultando na remoção forçada dos palestinos. O governo brasileiro pediu que a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA) continuasse atuando na região e fez menção à decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) da Organização das Nações Unidas (ONU) que considerou ilegal a presença israelense nos territórios palestinos.

Por sua vez, o governo israelense proibiu a atuação da UNRWA nos locais afetados, alegando que a agência oferece suporte ao terrorismo. As autoridades de Tel Aviv também afirmaram que não permitirão o retorno dos palestinos expulsos de suas casas, argumentando que as ações têm como objetivo combater o terrorismo.

Em contrapartida, o Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, que controla parte da Cisjordânia, acusou Israel de buscar a anexação dos territórios palestinos. A representação palestina na região classificou os acontecimentos como uma grave escalada e solicitou a intervenção da comunidade internacional para evitar o genocídio e o deslocamento forçado contra o povo palestino desarmado. A remoção forçada de civis é considerada um crime de acordo com o direito internacional e a aquisição de territórios por meio da guerra é reconhecida como um crime internacional.

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