INTERNACIONAL – Governo Brasileiro Condena Morte de Jornalistas da Al Jazeera em Ataque Aéreo na Faixa de Gaza e Pede Respeito à Liberdade de Imprensa.

Na última segunda-feira, o governo brasileiro publicou uma nota oficial lamentando a trágica morte de seis jornalistas da rede Al Jazeera, ocorrida no domingo durante um ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza. Os profissionais estavam reunidos em uma tenda nas proximidades do hospital Al-Shifa, um local que tem sido alvo frequente de operações bélicas. Este incidente aumentou a contagem de jornalistas falecidos na região para mais de 240 desde o início do atual conflito.

A nota do Ministério das Relações Exteriores do Brasil destacou a ação como uma “flagrante violação ao direito internacional humanitário e ao exercício da liberdade de imprensa”. O texto condenou a brutalidade da ação israelense e enfatizou a gravidade da situação para os profissionais de mídia que, em meio a um ambiente bélico, tentam cumprir seu dever informativo. O governo brasileiro pediu às autoridades de Israel que assegurem a proteção dos jornalistas e que retirem as barreiras que limitam a entrada de repórteres internacionais no território gazense.

Dentre os jornalistas mortos, Anas Al-Sharif, um jovem de apenas 28 anos, teve seu nome colocado em meio a controvérsias. As forças israelenses alegam que ele era militante do Hamas, o que foi categoricamente negado por representantes das Nações Unidas. Segundo as declarações oficiais de Israel, Al-Sharif estaria envolvido em ações terroristas, mas essa narrativa é contestada por diversas fontes, que afirmam que não há evidências concretas para tais acusações.

Nas últimas declarações, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou uma nova campanha militar visando desmantelar as estruturas do Hamas em Gaza. A situação humanitária na região se agrava, com a fome tornando-se um problema crescente, e as ações israelenses têm sido vistas como um aprofundamento do conflito que já dura 22 meses.

A Al Jazeera expressou sua indignação, caracterizando o ataque como uma “tentativa desesperada de silenciar vozes críticas” em uma região marcada pela violência. Além de Al-Sharif, outros jornalistas, como Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher e Mohammed Noufal, foram identificados entre as vítimas do ataque, que marca mais um capítulo sombrio na história da cobertura jornalística em zonas de conflito.

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