Na comunicação, o Itamaraty expressou preocupações sobre as potenciais consequências dos ataques, alertando que a escalada de hostilidades pode agravar a situação na região e criar um cenário de conflito de grande escala. O governo brasileiro fez um apelo a todas as partes envolvidas, solicitando a máxima contenção e clamando pelo término imediato das agressões. Assim, o Brasil se posiciona como um defensor da paz, enfatizando a necessidade do diálogo em momentos de tensão.
Em resposta aos ataques, o Aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, prometeu retaliar. Autoridades israelenses afirmam que o Irã já teria respondido com ataques de drones, embora o governo de Teerã negue essa alegação, sinalizando a complexidade e a tensão que permeiam as relações entre os dois países.
O conflito se intensifica devido às alegações de Israel sobre um suposto programa nuclear iraniano voltado para a produção de armas atômicas, algo que o Irã refuta, argumentando que seu uso de tecnologia nuclear é estritamente para fins pacíficos, como a geração de energia. Embora o Irã seja signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) levantou preocupações sobre o cumprimento por parte de Teerã de suas obrigações. Por outro lado, o governo iraniano defende que as críticas da AIEA estão motivadas politicamente, citando a influência de países como Grã-Bretanha, França, Alemanha e Estados Unidos.
Israel, por sua vez, é notoriamente um dos poucos países que não ratificou o TNP e tem recebido suporte dos Estados Unidos em sua pressão sobre o Irã para conter o avanço de seu programa nuclear. Como parte dessa dinâmica, declarações anteriores do ex-presidente Donald Trump evidenciam a aliança entre os EUA e Israel, com apelos para que o Irã renegociasse seus termos nucleares. A situação remete a um contexto geopolítico em constante transformação, com implicações não apenas para o Oriente Médio, mas para a segurança e a economia globais.