INTERNACIONAL – Governo Brasileiro Condena Ataques a Instalações Nucleares e Pede Solução Diplomática para Conflito no Oriente Médio

O governo brasileiro expressou profunda preocupação com a recente escalada de tensões militares no Oriente Médio, condenando veementemente os ataques realizados por Israel e, mais recentemente, pelos Estados Unidos, contra instalações nucleares no Irã. Segundo uma nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, essas operações são consideradas uma violação não apenas da soberania iraniana, mas também do direito internacional.

O Itamaraty enfatiza que qualquer ataque a instalações nucleares configura uma séria transgressão à Carta das Nações Unidas e às normas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O comunicado destaca que as ações armadas contra essas instalações representam uma ameaça significativa à vida e à saúde de populações civis, colocando-as em risco de exposição à radiação e a possíveis desastres ambientais de grande escala. O governo brasileiro reiterou sua posição histórica em favor do uso pacífico da energia nuclear e manifestou firme repúdio a qualquer forma de proliferação nuclear, especialmente em regiões marcadas por instabilidade geopolítica.

Além disso, o Brasil condenou os ataques recíprocos em áreas densamente povoadas, que têm gerado um aumento alarmante no número de vítimas e causado danos a infraestruturas civis, incluindo hospitais — locais que o direito internacional humanitário protege. O governo brasileiro pediu às partes envolvidas no conflito que exerçam máxima contenção e enfatizou a necessidade urgente de uma solução diplomática para interromper o ciclo de violência, que pode ter consequências irreversíveis para a paz e a estabilidade global, assim como para o regime de não proliferação nuclear.

Esse intenso clima militar se intensificou após Israel alegar que o Irã estava próximo de desenvolver armas nucleares, levando a um ataque surpresa ao país no dia 13 deste mês. Em sequência, os Estados Unidos atacaram três usinas nucleares iranianas, exacerbando ainda mais as tensões. O Irã, por sua vez, alega que seu programa nuclear é voltado para fins pacíficos e que estava em meio a negociações com os EUA para garantir a conformidade com o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

Enquanto a AIEA acusa o Irã de não cumprir com algumas de suas obrigações, não apresentou evidências de que o país esteja desenvolvendo uma bomba atômica. O quadrante de acusação se agrava, com o Irã acusando a agência de atuar sob influência das potências ocidentais aliadas a Israel. Apesar das alegações históricas sobre um possível programa nuclear de Teerã, que remonta à década de 1950, a recente retórica política torna o cenário ainda mais instável, reiterando a necessidade urgente de diálogo e entendimento na região.

Sair da versão mobile