INTERNACIONAL – Governo argentino recusa participação no Brics e justifica decisão em carta aos países integrantes, incluindo o Brasil.



Após o anúncio do Governo da Argentina de que não considera oportuna a participação no grupo de nações emergentes chamado Brics, o presidente Javier Milei enviou carta aos países integrantes do bloco, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A adesão da Argentina ao Brics havia sido acordada durante um encontro de cúpula do bloco em agosto, quando o país era presidido por Alberto Fernández. No entanto, com a mudança de administração no país vizinho, o presidente Milei decidiu recuar, desistindo da participação no Brics a partir de 1º de janeiro de 2024.

Em carta enviada aos presidentes dos países integrantes do Brics, Milei justificou a decisão afirmando que muitos eixos da política exterior atual diferem da administração anterior. No entanto, a carta enviada ao Brasil reitera o compromisso do governo argentino com a intensificação dos laços bilaterais, em particular com o aumento dos fluxos de comércio e de investimento.

A recusa da Argentina em fazer parte do Brics não foi uma surpresa, já que a então futura ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, havia publicado no Twitter que o país não se juntaria ao bloco. Fundado em 2006, o Brics tem uma população de cerca de 3,2 bilhões de pessoas e um Produto Interno Bruto total de US$ 24,7 trilhões. A decisão da Argentina de não integrar o bloco causou certa surpresa, uma vez que Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos foram aceitos para ingressar no Brics a partir de 2024. Na ocasião, o então presidente Fernández havia afirmado que a Argentina se propunha a fazer parte do Brics devido ao contexto internacional que conferia uma relevância singular ao bloco.

Com a decisão da Argentina de se afastar do Brics, a configuração do bloco sofre alterações, mas a relevância geopolítica e financeira do grupo segue como uma importante referência internacional. A notícia foi confirmada pelo presidente Javier Milei, que assumiu a Casa Rosada em 10 de dezembro. A formalização da recusa em se juntar ao Brics era esperada desde a publicação da futura ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, no Twitter. As estimativas do Banco Mundial mostram que os países do Brics têm um impacto significativo na economia global, com a China apresentando o segundo maior PIB do mundo, seguida pela Índia, Rússia, Brasil e África do Sul.

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