INTERNACIONAL – Gaza: Relatório da Médicos Sem Fronteiras Revela Violência Mortal em Locais de Distribuição de Alimentos pela Fundação Humanitária de Gaza

Gravíssima Violência na Faixa de Gaza: Relatório de ONG Denuncia Ações de Grupos Armados e Condições Inóspitas

Uma nova análise gerada a partir de experiências de pacientes e relatos de profissionais de saúde em duas clínicas da Faixa de Gaza revela a gravidade da violência enfrentada pela população palestina. O relatório, elaborado por uma importante organização humanitária, traz à tona a brutalidade das ações de forças israelenses e grupos privados norte-americanos, que têm atacado locais de distribuição de alimentos geridos pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês). Essa situação alarmante foi definida como uma “armadilha mortal”, evidenciando a urgência da questão humanitária.

O documento ressalta a necessidade imediata de cessar as operações da GHF na região e reestabelecer um sistema de ajuda humanitária sob coordenação das Nações Unidas. É uma convocação clara para que a comunidade internacional, em especial os Estados Unidos e entidades doadoras privadas, interrompam qualquer apoio financeiro ou político a essa fundação, que, segundo o relatório, se transformou em um ambiente de violência sistemática.

Nos últimos meses, as clínicas de Al-Mawasi e Al-Attar, situadas no Sul de Gaza, registraram um número preocupante de atendimentos a vítimas. Entre 7 de junho e 24 de julho, cerca de 1.380 pessoas foram tratadas, e 28 perderam a vida. Esse cenário inclui 71 crianças que sofreram ferimentos à bala, muitas delas com menos de 15 anos, frequentemente enviadas por suas famílias em busca de alimento.

As descrições incluem relatos aterradores de crianças atingidas por tiros enquanto tentavam coletar comida e adultos que sucumbiram em meio a tumultos. A diretora-geral da ONG expressou sua indignação, afirmando que regiões que deveriam ser de ajuda se tornaram verdadeiros “laboratórios de crueldade”.

Além disso, análises preliminares sobre ferimentos em pacientes mostraram padrões que sugerem ataques intencionais, desafiando a narrativa de fogo cruzado indiscriminado. Testemunhos de vítimas, como o caso de um rapaz de 15 anos que foi baleado, reforçam a necessidade de um exame sério desses ataques sistemáticos.

A situação é insustentável, com relatos continuando a surgir sobre ferimentos causados por tumultos, bem como agressões e roubos de outros famintos, o que leva a fraternização entre os necessitados a se tornar uma luta pela sobrevivência.

A urgência de uma resposta contundente por parte da comunidade internacional é agora mais clara do que nunca, diante da sangrenta realidade vivida na Faixa de Gaza.

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