INTERNACIONAL – Gaza: Bombardeios israelenses resultam em mais de 40 mortes e exacerbam crise humanitária no enclave palestino. Deslocamento em massa é alarmante.

Neste domingo, uma nova escalada de violência em Gaza resultou na morte de mais de 40 pessoas, a maioria delas em ataques aéreos realizados por forças israelenses no norte do enclave. Dados preliminares apontam que, até às 12h30, 45 vidas haviam se perdido, com 29 dessas fatalidades ocorrendo em hospitais na região norte da Faixa de Gaza.

No hospital Al Shifa, situado na capital Gaza, o diretor Mohammad Abu Salmia relatou a entrada de cerca de 20 feridos e a chegada de oito corpos de vítimas dos bombardeios. A situação nos hospitais se torna cada vez mais crítica, com o hospital Al Quds, gerido pelo Crescente Vermelho, informando que 35 feridos e cinco corpos foram levados até suas instalações.

Além dos eventos no norte, um ataque a um ponto de distribuição de alimentos a noroeste de Rafah deixou 24 feridos e quatro mortos na parte sul da Faixa. Esses incidentes refletem a intensificação de uma ofensiva militar que já dura mais de um mês, com o objetivo declarado das forças israelenses de retomar controle sobre Gaza, resgatar reféns e desmantelar o grupo Hamas. O conflito forçou cerca de um milhão de pessoas a deixar suas casas, criando uma crise humanitária sem precedentes.

A gravidade da situação é acentuada pela contínua destruição de infraestruturas essenciais. No dia de hoje, o Exército israelense ordenou a evacuação de três prédios na cidade de Gaza. Relatórios de equipes de resgate da Defesa Civil de Gaza indicam que mais de 53 mil palestinos perderam suas casas ou abrigos temporários apenas na última semana.

O desencadeamento deste conflito remonta ao ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou em 1.200 mortes, a maioria civis, e 251 reféns. Em resposta, a ofensiva israelense já causou a morte de mais de 64 mil pessoas, predominantemente mulheres e crianças, de acordo com autoridades sob controle do Hamas. A destruição abrangente da infraestrutura local intensificou a crise humanitária, levando organismos de direitos humanos da ONU e diversas organizações internacionais a qualificarem as ações israelenses como genocídio.

Com a situação se deteriorando rapidamente, a comunidade internacional observa com preocupação o conflito em Gaza, que parece cada vez mais distante de uma solução pacífica.

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