O Ministério da Saúde palestino reportou a perda de contato com a equipe do hospital em Beit Lahiya, que tem enfrentado forte pressão das forças israelenses nas últimas semanas. O diretor do ministério, Munir Al-Bursh, denunciou que as forças de ocupação invadiram o hospital e estão incendiando-o. O Exército israelense alegou que tentou minimizar os danos aos civis e facilitou a evacuação segura de pacientes, membros da equipe médica e civis antes do início da operação.
Em um comunicado, o Exército israelense declarou que combatentes do grupo palestino Hamas, que controlava a Faixa de Gaza anteriormente, estavam operando a partir do hospital durante o conflito. Youssef Abu El-Rish, vice-ministro da Saúde nomeado pelo Hamas, afirmou que o departamento cirúrgico, o laboratório e um depósito do hospital foram incendiados pelas forças israelenses.
O Kamal Adwan, assim como os hospitais Indonesian e Al-Awda, tem sido alvo dos ataques israelenses no extremo norte da Faixa de Gaza. De acordo com a equipe médica palestina, a região próxima às cidades de Jabalia, Beit Hanoun e Beit Lahiya tem sido desocupada e devastada, levantando especulações sobre as intenções de Israel em relação a manter a região como uma zona tampão fechada após o término dos combates em Gaza.
Imagens que circulam na imprensa palestina e árabe mostraram a fumaça que saía da área do Hospital Kamal Adwan. As autoridades israelenses negaram a intenção de manter a região como zona tampão, afirmando que sua campanha visa evitar a reorganização dos militantes do Hamas na área. A situação na Faixa de Gaza permanece tensa e preocupante diante dos contínuos confrontos entre forças israelenses e grupos palestinos.