O panorama é desolador: a mortalidade na região é elevada, um fato que persiste mesmo quando se excluem as mortes causadas por bombardeios. A severidade da crise alimentar em Gaza tem chamado atenção crescente, levando a organizações internacionais a alertarem sobre a urgência de uma resposta humanitária eficaz.
Em meio a esta crise, as reações internacionais estão se intensificando. Apesar do governo de Israel afirmar que não há fome em Gaza, aliados tradicionais da nação judaica começaram a expressar preocupação sobre a situação. Recentemente, a França anunciou sua intenção de reconhecer oficialmente o Estado Palestino e reiterou o apoio a uma solução de dois estados, que prevê a convivência pacífica entre Israel e uma Palestina soberana.
Nesta mesma linha, o Reino Unido também se posicionou, declarando que busca reconhecer a Palestina se as hostilidades em Gaza não cessarem, e se a crise humanitária não for resolvida. O ministro das Relações Exteriores britânico fez tal afirmação em uma conferência da ONU em Nova York, destacando que essa medida será considerada durante a Assembleia Geral da ONU em setembro.
Atualmente, 144 dos 193 estados membros da ONU já reconhecem a Palestina como Estado, o que demonstra um crescente apoio internacional. No entanto, ainda há uma resistência significativa vinda de países como Estados Unidos, Canadá e a maioria dos integrantes da União Europeia. A complexidade da situação em Gaza não apenas ressalta a necessidade de uma intervenção humanitária imediata, mas também evidencia as profundas divisões políticas que permeiam o conflito.
As próximas semanas serão cruciais para determinar o rumo da situação em Gaza e se esforços internacionais poderão levar a uma resolução mais ampla da crise.