INTERNACIONAL – Fome na Faixa de Gaza chega a nível crítico, enquanto aliados de Israel pressionam por reconhecimento do Estado Palestino em meio a crise humanitária.

A situação alimentar na Faixa de Gaza alcançou um estado alarmante, classificado como “nível 5” na escala de segurança alimentar, o que implica uma catástrofe humanitária em curso. A ONU, por meio da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), revelou que a população local enfrenta fome generalizada, resultando em uma falta extrema de alimentos e uma grave desnutrição, especialmente entre as crianças.

O panorama é desolador: a mortalidade na região é elevada, um fato que persiste mesmo quando se excluem as mortes causadas por bombardeios. A severidade da crise alimentar em Gaza tem chamado atenção crescente, levando a organizações internacionais a alertarem sobre a urgência de uma resposta humanitária eficaz.

Em meio a esta crise, as reações internacionais estão se intensificando. Apesar do governo de Israel afirmar que não há fome em Gaza, aliados tradicionais da nação judaica começaram a expressar preocupação sobre a situação. Recentemente, a França anunciou sua intenção de reconhecer oficialmente o Estado Palestino e reiterou o apoio a uma solução de dois estados, que prevê a convivência pacífica entre Israel e uma Palestina soberana.

Nesta mesma linha, o Reino Unido também se posicionou, declarando que busca reconhecer a Palestina se as hostilidades em Gaza não cessarem, e se a crise humanitária não for resolvida. O ministro das Relações Exteriores britânico fez tal afirmação em uma conferência da ONU em Nova York, destacando que essa medida será considerada durante a Assembleia Geral da ONU em setembro.

Atualmente, 144 dos 193 estados membros da ONU já reconhecem a Palestina como Estado, o que demonstra um crescente apoio internacional. No entanto, ainda há uma resistência significativa vinda de países como Estados Unidos, Canadá e a maioria dos integrantes da União Europeia. A complexidade da situação em Gaza não apenas ressalta a necessidade de uma intervenção humanitária imediata, mas também evidencia as profundas divisões políticas que permeiam o conflito.

As próximas semanas serão cruciais para determinar o rumo da situação em Gaza e se esforços internacionais poderão levar a uma resolução mais ampla da crise.

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