A flotilha contará com uma série de embarcações que partirão de diversos portos no Mar Mediterrâneo, tendo a chegada em Gaza prevista para o dia 13 de setembro. A primeira das embarcações será lançada de Barcelona em 31 de agosto, seguida de outros barcos que sairão de Túnis, na Tunísia, em 4 de setembro, entre outros locais que ainda não foram revelados.
A presença brasileira na operação será marcada por cerca de 8 a 15 ativistas, que se somarão a um total de representantes de aproximadamente 40 países, conforme informações da Freedom Flotilla Brasil e do Global Movement to Gaza Brasil. Em declarações, as organizações expressaram sua profunda solidariedade ao povo palestino, descrevendo a situação como um genocídio amplamente documentado. Ressaltam que “centenas de milhares de palestinos foram feridos ou assassinados, e milhões sofrem com a falta de alimentos, água e assistência médica, em decorrência de um regime que impõe tais dificuldades”.
O intuito do movimento vai além da mera entrega de suprimentos. Eles buscam criar um corredor humanitário que permita o transporte de alimentos, água e medicamentos aos palestinos, ao mesmo tempo em que pretendem romper o cerco imposto por Israel de maneira não violenta, visando garantir o acesso à assistência humanitária, que é reconhecida como um direito essencial sob diversas convenções internacionais.
Para legitimar sua missão, os organizadores argumentam que possuem respaldo legal em diversas leis e resoluções internacionais que asseguram a liberdade de movimento para a ajuda humanitária, além de serem amparados por medidas da Corte Internacional de Justiça que proíbem o bloqueio de ajuda essencial.
É importante mencionar que, em uma expedição anterior, uma embarcação da flotilha foi interceptada por Israel, resultando na prisão de doze tripulantes, incluindo um brasileiro. Após o incidente, o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) classificou a ação de Israel como crime de guerra e pediu ao governo brasileiro a suspensão das relações diplomáticas e comerciais com o Estado hebreu.
A nova missão da Freedom Flotilla, portanto, não é apenas uma tentativa de levar ajuda humanitária a Gaza, mas também um apelo contra a impunidade e a violação dos direitos humanos que afetam a população palestina.