No perfil de Instagram criado pela família para atualizações sobre a situação, eles relataram a dificuldade em obter confirmação do voo que levaria o corpo de Bali até o Rio de Janeiro, o que gerou um clamor público. “É descaso do início ao fim. Precisamos da confirmação do voo da Juliana urgente. Precisamos que a Emirates se mexa e traga Juliana para casa!”, diziam as postagens. As mensagens revelaram a frustração da família, que por volta das 15h, horário de Brasília, comentou que, embora o voo já estivesse previamente confirmado, a equipe da Emirates em Bali havia alegado problemas para realizar o traslado.
Manoel Marins, pai da publicitária, está na Indonésia desde o ocorrido, dedicando-se a trazer o corpo da filha de volta ao Brasil. Enquanto isso, a companhia aérea Emirates, acionada para se pronunciar, afirmou que está investigando a situação, mas não forneceu detalhes sobre a logística envolvida.
A tragédia de Juliana não se restringiu à sua morte, mas também à demora no resgate, que foi amplamente criticada pela família. O corpo da jovem só foi encontrado dias após a queda, com sua morte sendo apenas confirmada posteriormente, levando a família a questionar a atuação das equipes de socorro. As autoridades indonésias alegaram que as condições climáticas e a complexidade do terreno dificultaram o resgate.
Em um novo revelador, uma autópsia oficial indicou que a causa da morte de Juliana foi hemorragia decorrente de lesões internas, resultado da queda. O relatório descartou a hipótese de morte por hipotermia, um medo que permeava a angústia da família.
Diante da comoção gerada, a prefeitura de Niterói se mobilizou para auxiliar no traslado do corpo, comprometendo-se a cobrir os custos, que totalizam R$ 55 mil. Além disso, em homenagem à jovem, foi decidido que uma trilha e um mirante na cidade levarão seu nome. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também determinou que o Ministério das Relações Exteriores fornecesse o devido apoio à família, e um decreto foi estabelecido para facilitar o transporte de corpos de brasileiros falecidos no exterior.
A luta pela dignidade no tratamento do corpo de Juliana Marins se torna emblemática não apenas pelo luto, mas também pela busca de justiça e respeito em meio a uma tragédia que abalou muitos.