INTERNACIONAL – Família de Juliana Marins denuncia descaso no traslado do corpo da publicitária após acidente em vulcão na Indonésia. Reações nas redes sociais.



Em um desdobramento trágico e angustiante, a família da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, recorreu às redes sociais no último domingo para expor o que considera um descaso na organização do traslado do corpo da jovem, que faleceu após uma queda enquanto fazia uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão na Indonésia. Juliana, que morava em Niterói, havia se ferido gravemente ao cair em um penhasco durante sua aventura, e sua morte foi confirmada dias depois, causando comoção em sua cidade natal e entre amigos.

No perfil de Instagram criado pela família para atualizações sobre a situação, eles relataram a dificuldade em obter confirmação do voo que levaria o corpo de Bali até o Rio de Janeiro, o que gerou um clamor público. “É descaso do início ao fim. Precisamos da confirmação do voo da Juliana urgente. Precisamos que a Emirates se mexa e traga Juliana para casa!”, diziam as postagens. As mensagens revelaram a frustração da família, que por volta das 15h, horário de Brasília, comentou que, embora o voo já estivesse previamente confirmado, a equipe da Emirates em Bali havia alegado problemas para realizar o traslado.

Manoel Marins, pai da publicitária, está na Indonésia desde o ocorrido, dedicando-se a trazer o corpo da filha de volta ao Brasil. Enquanto isso, a companhia aérea Emirates, acionada para se pronunciar, afirmou que está investigando a situação, mas não forneceu detalhes sobre a logística envolvida.

A tragédia de Juliana não se restringiu à sua morte, mas também à demora no resgate, que foi amplamente criticada pela família. O corpo da jovem só foi encontrado dias após a queda, com sua morte sendo apenas confirmada posteriormente, levando a família a questionar a atuação das equipes de socorro. As autoridades indonésias alegaram que as condições climáticas e a complexidade do terreno dificultaram o resgate.

Em um novo revelador, uma autópsia oficial indicou que a causa da morte de Juliana foi hemorragia decorrente de lesões internas, resultado da queda. O relatório descartou a hipótese de morte por hipotermia, um medo que permeava a angústia da família.

Diante da comoção gerada, a prefeitura de Niterói se mobilizou para auxiliar no traslado do corpo, comprometendo-se a cobrir os custos, que totalizam R$ 55 mil. Além disso, em homenagem à jovem, foi decidido que uma trilha e um mirante na cidade levarão seu nome. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também determinou que o Ministério das Relações Exteriores fornecesse o devido apoio à família, e um decreto foi estabelecido para facilitar o transporte de corpos de brasileiros falecidos no exterior.

A luta pela dignidade no tratamento do corpo de Juliana Marins se torna emblemática não apenas pelo luto, mas também pela busca de justiça e respeito em meio a uma tragédia que abalou muitos.

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