Inicialmente, a expectativa era de que os 34 brasileiros presos ao sul da Faixa de Gaza deixassem o local com destino ao Egito até quarta-feira (8). No entanto, eles não foram incluídos na 6ª lista de estrangeiros autorizados a deixar o enclave palestino divulgada no dia 8.
Mauro Vieira, chanceler brasileiro, havia anunciado que o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, garantiu que os brasileiros deixariam Gaza até quarta-feira. As negociações continuam em andamento com autoridades dos países envolvidos, por meio das embaixadas do Brasil no Egito, em Israel e em Ramala.
A lista de estrangeiros autorizados a deixar Gaza nesta quarta-feira inclui 601 estrangeiros, sendo a maioria deles provenientes da Ucrânia, Filipinas, Estados Unidos, Alemanha, Romênia e Canadá. A saída do enclave foi suspensa no último sábado, após um bombardeio israelense a um comboio de ambulâncias que levariam feridos para o Egito. A fronteira de Rafah foi reaberta na segunda-feira.
Porém, os brasileiros enfrentam dificuldades, pois novos bombardeios foram registrados ao lado da residência de uma das famílias de brasileiros na cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. Hasan Rabee, palestino naturalizado brasileiro, relatou o terror vivido com os bombardeios constantes na região. Dos 34 brasileiros na Faixa de Gaza, 16 estão em Khan Yunis e 18 em Rafah, incluindo crianças, mulheres e homens.
As autoridades brasileiras seguem em contato direto com os brasileiros na região e buscam formas de garantir sua segurança e evacuação. As dificuldades enfrentadas pelos brasileiros em Gaza ressaltam a complexidade do cenário de conflito na região e a importância do apoio diplomático para garantir a segurança de cidadãos brasileiros em situações de crise em outros países.