O Comando de Operações Aeroespaciais (Comae) da Aeronáutica detectou a aeronave através de seus sistemas radar assim que ela entrou no espaço aéreo do Brasil. Diante da suspeita, um caça A-29 Super Tucano foi imediatamente destacado para realizar a interceptação. O procedimento, que é parte das medidas de Policiamento do Espaço Aéreo, foi executado seguindo rigorosamente a legislação vigente.
O piloto do Super Tucano tentou, inicialmente, estabelecer contato visual e por rádio com a aeronave desconhecida, solicitando que se identificasse. Sem obter resposta, partiu para uma série de manobras previstas por segurança, ordenando uma Mudança de Rota (MRO) da aeronave suspeita. A falta de comunicação e de obediência à ordem levou o piloto militar a disparar tiros de aviso, em um esforço para forçar a aeronave a se apresentar.
Diante da persistente recusa em obedecer, o avião foi classificado como hostil e transformou-se em alvo do procedimento de Tiro de Detenção (TDE), conforme estipulado no decreto de segurança aérea. A situação culminou com a manobra do piloto da aeronave interceptada, que decidiu pousar em uma área desabitada a cerca de 30 quilômetros a oeste de Tefé, no Amazonas.
Após o pouso, um helicóptero H-60 Black Hawk da FAB foi mobilizado para transportar uma equipe da Polícia Federal ao local, onde um suspeito foi detido. A operação, no entanto, é apenas um dos muitos esforços colaborativos entre o Ministério da Defesa e agências de segurança pública para combater o narcotráfico, especialmente nas regiões de fronteira, frequentemente utilizadas para o transporte de drogas. Esta interceptação é parte de um programa mais amplo denominado Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF) e da Operação Ostium, ambas voltadas à segurança do espaço aéreo brasileiro e ao enfrentamento das atividades ilícitas nas fronteiras.