INTERNACIONAL – Ex-candidato à presidência da Venezuela é preso por tentativa de golpe dias antes da posse de Maduro, gerando tensão política.

No dia 7 de setembro, a Venezuela se viu envolvida em mais uma crise política com a prisão do ex-candidato à presidência do país, Enrique Márquez, do partido Centrados. Ele foi acusado de planejar um golpe de Estado e articular uma posse paralela à presidência do país do opositor Edmundo González. A detenção de Márquez foi denunciada por sua esposa, Sonia Lugo de Márquez, que criticou a ação dos grupos paramilitares que o prenderam.

O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou que Márquez estava envolvido em atividades que visavam derrubar o governo legítimo de Nicolás Maduro e criar um governo paralelo. Segundo ele, o ex-candidato estava articulando a posse de Edmundo González em uma embaixada estrangeira.

A oposição ao atual governo venezuelano também se manifestou contra a tentativa de formação de um governo paralelo. O deputado Juan Carlos Alvarado, do partido Copei, classificou como inaceitável qualquer ação que deslegitimasse as instituições do Estado venezuelano.

A prisão de Márquez repercutiu internacionalmente, com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, lamentando o ocorrido e destacando a importância de respeitar os direitos humanos na Venezuela. Além disso, o diretor da ONG Espaço Público, Carlos Correa, também foi preso, gerando preocupação sobre seu paradeiro.

A situação na Venezuela se torna cada vez mais delicada, com a oposição e parte da comunidade internacional contestando a legitimidade das eleições que reelegeram Nicolás Maduro em julho de 2024. Enquanto o governo defende a validade do pleito, as tensões políticas e sociais no país continuam a crescer, com manifestações convocadas pela oposição e um cenário de incerteza política se estabelecendo. A posse de Maduro, marcada para o dia 10 de setembro, se aproxima em meio a um clima de instabilidade e incerteza sobre o futuro político da Venezuela.

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