O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou que Márquez estava envolvido em atividades que visavam derrubar o governo legítimo de Nicolás Maduro e criar um governo paralelo. Segundo ele, o ex-candidato estava articulando a posse de Edmundo González em uma embaixada estrangeira.
A oposição ao atual governo venezuelano também se manifestou contra a tentativa de formação de um governo paralelo. O deputado Juan Carlos Alvarado, do partido Copei, classificou como inaceitável qualquer ação que deslegitimasse as instituições do Estado venezuelano.
A prisão de Márquez repercutiu internacionalmente, com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, lamentando o ocorrido e destacando a importância de respeitar os direitos humanos na Venezuela. Além disso, o diretor da ONG Espaço Público, Carlos Correa, também foi preso, gerando preocupação sobre seu paradeiro.
A situação na Venezuela se torna cada vez mais delicada, com a oposição e parte da comunidade internacional contestando a legitimidade das eleições que reelegeram Nicolás Maduro em julho de 2024. Enquanto o governo defende a validade do pleito, as tensões políticas e sociais no país continuam a crescer, com manifestações convocadas pela oposição e um cenário de incerteza política se estabelecendo. A posse de Maduro, marcada para o dia 10 de setembro, se aproxima em meio a um clima de instabilidade e incerteza sobre o futuro político da Venezuela.