Messias qualificou a medida como uma “agressão injusta” e manifestou que recebe essa noticia “sem receios”, reafirmando seu compromisso em desempenhar suas funções em prol do povo brasileiro. A situação gera preocupações sobre o impacto nas relações bilaterais, que são historicamente marcadas por um longo período de cooperação e diplomacia.
Esse episódio se insere em um contexto maior de tensões entre os dois países, que se intensificaram após o julgamento e a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados pela tentativa de golpe de Estado. O governo dos Estados Unidos já havia revogado os vistos de figuras proeminentes do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além de outros membros do governo brasileiro. A ofensiva dos EUA inclui ainda uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros importados, uma ação que visa punir decisões que Washington considera prejudiciais às grandes empresas de tecnologia.
Adicionalmente, o governo Trump também aplicou sanções de acordo com a Lei Magnitsky, que afetaram Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF, assim como o instituto Lex, vinculado à sua família. Essa legislação permite o bloqueio de contas e ativos financeiros nos Estados Unidos, além de proibir transações de empresas americanas com os visados, configurando um duro golpe em suas operações.
As ações recentes sublinham uma escalada de medidas unilaterais que, segundo Messias, são “totalmente incompatíveis” com a condução pacífica das relações entre Brasil e Estados Unidos, há mais de 200 anos. A situação continua a se desenrolar, levantando questões sobre o futuro da diplomacia e da cooperação entre os dois países, especialmente em um cenário mundial cada vez mais complexo e polarizado.