Durante o evento, que ocorreu paralelamente à 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente colombiano clamou pela criação de uma força armada global para apoiar os palestinos em sua luta contra Israel. Essa postura gerou reações severas por parte da administração americana, que considerou as declarações e a conduta de Petro como uma afronta à ordem internacional e à segurança.
Após seu retorno à Colômbia, Petro se manifestou sobre a revogação de seu visto, criticando a decisão dos EUA e questionando sua conformidade com o direito internacional e com as normas de imunidade da ONU. O presidente não parecendo se deixar abalar pela situação, declarou: “Não me importo. Não preciso de visto, apenas de um ESTA [Autorização Eletrônica de Viagem], porque não sou apenas um cidadão colombiano, mas também um cidadão europeu”. Assim, reafirmou sua crença de que a luta pelos direitos humanos é universal: “A humanidade deve ser livre em todo o mundo”, enfatizou.
Petro sustentou que a revogação de seu visto ocorreu como uma retaliação por suas declarações sobre o que ele chamou de “genocídio” na Palestina. Ele defendeu que todos têm o direito de viver livremente em qualquer parte do planeta, contribuindo assim para um discurso global sobre a igualdade e os direitos humanos. A situação chamou a atenção não apenas pela relevância política, mas também pelas implicações que essa politica de vistos pode ter nas relações entre os Estados Unidos e os países latino-americanos, bem como na postura global em relação a conflitos internacionais.