Em comunicação oficial datada de 6 de junho, assinada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, o Departamento de Estado informou que a nova orientação estava em conformidade com a decisão judicial que suspendeu a ordem de Trump. A juíza distrital Allison Burroughs, responsável pelo caso, impediu que a restrição entrasse em vigor enquanto questões adicionais sobre o assunto eram analisadas.
A decisão de Trump, que foi fundamentada em alegações de segurança nacional, controversamente bloqueava a entrada de estudantes estrangeiros na Universidade de Harvard, a mais antiga e uma das mais prestigiadas do país. Em um movimento considerado uma retaliação direta, o governo anterior congelou bilhões de dólares em bolsas e outras formas de financiamento destinadas à instituição, além de sugerir a revogação do seu status de isenção de impostos.
Harvard, por sua vez, denunciou a situação como uma represália motivada pela resistência da universidade em acatar as exigências da administração federal, que buscava intervir na governança da faculdade, além da supervisão do currículo e da ideologia de seu corpo docente e discente. Essa tensão resultou em uma série de disputas legais que colocam em xeque a autonomia da instituição.
O Departamento de Estado, em resposta a questionamentos sobre a situação, optou por não fornecer comentários sobre detalhes internos, mantendo a política de não comentar publicamente sobre comunicações oficiais. A mesma mensagem no telegrama destacava que outras diretrizes relacionadas a vistos de estudante continuavam em vigor, incluindo a verificação das redes sociais e a análise da presença online dos candidatos.
Com o desenrolar desse embate jurídico e político, as consequências para a comunidade acadêmica e para os estudantes de Harvard e de outras instituições permanecem em aberto, à medida que as disputas acerca de imigração e controle governamental sobre o ensino superior se intensificam.