O aumento na tarifa atinge uma variedade de produtos, embora algumas categorias significativas, como aviões, minérios e suco de laranja, tenham sido excluídas da taxação. Na Ordem Executiva intitulada “Enfrentando as ameaças aos Estados Unidos pelo governo do Brasil”, Trump argumenta que as ações do governo brasileiro, incluindo o julgamento de Bolsonaro, representam uma ameaça ao estado de direito e à democracia no Brasil. Ele critica o que descreve como “perseguição política”, afirmando que tais ações comprometem as instituições brasileiras e minam a possibilidade de uma eleição justa em 2026.
O documento argumenta que o tratamento de Bolsonaro pelas autoridades brasileiras, incluindo o ministro Alexandre de Moraes, reflete uma tentativa deliberada de enfraquecer o estado democrático, caracterizando a prisão de oponentes políticos e a censura a críticas e dissentimentos como práticas abusivas. Trump também acusa Moraes de utilizar sua posição para perseguir adversários e proteger aliados em situações corruptas, além de coagir empresas a obedecer a regulamentos de censura e repressão.
Além das implicações políticas, o documento alega que essas ações não apenas comprometem os direitos humanos no Brasil, mas também impactam diretamente os interesses dos Estados Unidos, limitando a liberdade de expressão e prejudicando cidadãos e empresas americanas. A discussão sobre a responsabilidade das plataformas digitais por conteúdos considerados criminosos está em pauta no Brasil, com o STF votando a favor de uma maior responsabilização dessas empresas em relação a posts que promovem crimes como pedofilia e apologia à violência.
Deste modo, as recentes ações governamentais e as decisões judiciais no Brasil parecem ter desencadeado uma reação contundente do governo dos EUA, resultando em um clima de tensão nas relações bilaterais, afetando não apenas questões econômicas, mas também a percepção internacional sobre a democratização e direitos humanos no país.