Segundo Alzeben, uma campanha contra Lula foi iniciada indiretamente devido ao fato de que o presidente está defendendo o reconhecimento imediato do Estado da Palestina como membro pleno da ONU. Ele ressaltou que o governo de Israel rejeita essa solução e tem atacado Lula por conta disso. O embaixador palestino afirmou que Netanyahu não quer negociar com os palestinos e se recusa a aceitar a existência de um Estado palestino, resultando em ataques ao presidente brasileiro.
Na semana passada, Netanyahu declarou que Israel continuará a se opor ao reconhecimento unilateral de um Estado palestino, considerando tal reconhecimento como uma recompensa ao ataque do Hamas. No entanto, o plano internacional é de que um Estado palestino economicamente viável conviva lado a lado com Israel em paz e segurança.
Alzeben também afirmou que as reações contra Lula têm relação com outras bandeiras defendidas pelo governo brasileiro, não somente a favor da Palestina, mas também por todo o conjunto de bandeiras dignas que ele está levantando desde que assumiu o poder.
O diplomata palestino ressaltou que a reação contrária à fala do presidente é injusta, pois Lula condenou o nazismo, Hitler e o Holocausto publicamente. Ele também pontuou que o Brasil tem uma posição consolidada em relação ao conflito entre Israel e Palestina, tornando Lula um símbolo internacional. Alzeben ainda apreciou a posição do Brasil em relação ao conflito, afirmando que o país se junta contra a barbárie e o genocídio, em prol de uma paz justa e viável entre palestinos e israelenses.
Entretanto, a declaração de Lula gerou fortes reações do governo israelense, com o primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, alegando que a fala “banaliza” o Holocausto e tenta prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender.