INTERNACIONAL – Embaixador do Irã no Brasil defende atuação do Brics para reformar ordem internacional e suspende vistorias da AIEA em instalações nucleares do país.



Na última quinta-feira, 26 de outubro, o embaixador do Irã no Brasil, Abdollah Nekounam, expressou a importância da participação dos países do Brics em moldar uma nova dinâmica para a ordem internacional. Em uma coletiva realizada na embaixada iraniana em Brasília, o diplomata enfatizou que o bloco, do qual o Irã é membro, deve desempenhar um papel ativo e transformador na cena global.

Nekounam agradeceu ao governo brasileiro e ao Brics por suas declarações firmes que condenaram os ataques de Israel e dos Estados Unidos às instalações do programa nuclear iraniano. Ele destacou que o Brics não deve se limitar a fazer declarações, mas sim atuar de maneira eficaz para corrigir os desequilíbrios que existem no cenário internacional. “O papel do bloco é essencial para ordenar o que está faltando na ordem mundial”, afirmou.

O embaixador também sublinhou que é crucial para os países membros do Brics trabalhar juntos para enfrentar as incapacidades e os desafios globais. Segundo ele, a união das nações que compõem o bloco é um sinal de que se está trilhando um caminho positivo em direção a mudanças necessárias.

Durante a entrevista, Nekounam foi questionado sobre a presença do presidente iraniano, Masud Pezeshkian, na próxima cúpula de líderes do Brics, marcada para julho no Rio de Janeiro. O embaixador respondeu que a participação do presidente está “dentro da programação” e que o governo está acompanhando os desdobramentos sobre o evento.

Além disso, o embaixador anunciou uma suspensão temporária das vistorias realizadas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) nas instalações nucleares do Irã. Ele argumentou que o país possui o direito soberano de proteger suas informações e seus cientistas nucleares, especialmente diante de uma situação internacional que, segundo ele, tende a ser hostil. Essa posição reflete a preocupação do Irã em manter a segurança e a integridade de seus projetos nucleares frente a pressões externas. O diplomata concluiu destacando que a soberania e a defesa de interesses nacionais são fundamentais nas relações internacionais.

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