INTERNACIONAL – Embaixador da Palestina apela ao fim dos bombardeios em Gaza e responsabiliza potências ocidentais em entrevista à Agência Brasil.

O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, concedeu uma entrevista exclusiva à Agência Brasil nesta quarta-feira (11) para falar sobre o conflito entre Israel e Palestina que teve início no último sábado (7). Segundo o diplomata, o atual episódio é apenas mais um capítulo da guerra que teve início em Israel desde sua criação em 1948.

Alzeben pediu o fim imediato dos bombardeios à Faixa de Gaza e culpou as potências ocidentais por permitirem que Israel não respeitasse os limites territoriais da Palestina definidos pelas Nações Unidas. Ele qualificou o conflito como uma chacina e apelou para que as potências ocidentais detenham os bombardeiros de Israel.

Questionado sobre a posição do governo brasileiro, Alzeben destacou que, apesar de respeitar o posicionamento do Brasil, não concorda com os termos dos comunicados oficiais. Ele acredita que o Brasil tem um importante papel a desempenhar como mediador do conflito, devido à sua amizade com ambas as partes e ao seu respeito a nível internacional.

Quando questionado sobre o fato do grupo Hamas não aceitar o Estado de Israel, Alzeben respondeu que o Hamas é consequência das violações dos direitos dos palestinos por parte de Israel. Segundo ele, a responsabilidade por esse episódio e todas as guerras ao longo dos anos é, em grande parte, da comunidade internacional, que não fez respeitar suas determinações e permitiu que Israel cometesse crimes e massacres contra os palestinos.

O embaixador defendeu uma intervenção imediata do Conselho de Segurança da ONU, com apoio da comunidade internacional, para deter as hostilidades. Ele também destacou a importância de os Estados Unidos ordenarem o fim do bombardeio e de se sentar com todos os atores da região para buscar uma solução pacífica.

Em conclusão, Alzeben enfatizou a necessidade de parar a loucura e assegurar o respeito mútuo entre Israel e Palestina, como ocorre entre os vizinhos na América Latina. Ele ressaltou que, apesar das diferenças, é importante que as fronteiras sejam respeitadas, as relações diplomáticas sejam mantidas e haja cooperação mútua.

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