Militares da Guarda Nacional Chegam a Washington D.C. em Resposta a Crise de Segurança
Os primeiros contingentes da Guarda Nacional dos Estados Unidos, mobilizados por ordem do presidente Donald Trump, começaram a patrulhar as ruas de Washington D.C., uma medida que o presidente associou a um aumento de crimes violentos na capital. Ao todo, 800 soldados, acompanhados por 500 agentes federais, foram enviados para a cidade durante um estado de emergência estipulado por 30 dias.
Trump justificou essa ação sob o lema “tornar DC segura outra vez”, prometendo aos cidadãos que tomaria medidas drásticas para combater o que descreveu como “crime, selvajaria e sujeira” que assola a capital. Durante um discurso, afirmou que os sem-teto deveriam ser removidos da cidade e que os criminosos deveriam ser encarcerados. Sua retórica sugere uma visão alarmista da segurança pública na região.
Contudo, a prefeita de Washington D.C., Muriel Bowser, expressou forte oposição à mobilização das tropas, apontando que as alegações de uma crise de segurança são infundadas. Ela destacou que a cidade não está enfrentando uma onda de criminalidade fora de controle e enfatizou a necessidade de proteger a autonomia local. Bowser criticou a decisão de Trump, considerando-a como um “impulso autoritário” e ressaltou que a Guarda Nacional não possui autoridade para realizar prisões.
Dados da Polícia Metropolitana de Washington D.C. mostram que a taxa de crimes violentos está atualmente em seu nível mais baixo em 30 anos, e o FBI reporta uma queda de 9% nos índices criminais em relação ao ano anterior. Apesar disso, a violência com armas de fogo e a taxa de homicídios na cidade ainda são superiores às de outras grandes metrópoles.
Além das tropas da Guarda Nacional, cerca de 850 policiais foram destacados para auxiliar na segurança da cidade. A ação resultou em múltiplas detenções por crimes variados, incluindo homicídios e tráfico de drogas. A secretária de imprensa da Casa Branca anunciou que essas operações são apenas o começo de um esforço mais amplo para combater a criminalidade e garantir a segurança pública.
Por sua vez, a mobilização das forças armadas em contextos urbanos não é uma prática comum, o que levanta preocupações sobre a militarização da polícia e os direitos civis. O panorama resulta em um debate acirrado sobre a eficácia e a adequação de tais medidas em tempos de relativa estabilidade em termos de segurança.