A Flotilha, composta por cerca de 40 embarcações e mais de 500 voluntários de diversas nacionalidades, tinha como objetivo levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, um território que enfrenta um bloqueio e uma crise humanitária severa há quase dois anos, exacerbada por bombardeios constantes. Durante o momento da abordagem, imagens filmadas por câmeras a bordo registraram o ataque de militares armados, enquanto Luizianne, em uma gravação anterior, expressava sua situação de sequestro pelas forças de ocupação israelense.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel comunicou, por meio das redes sociais, que todos os envolvidos estavam seguros e seriam deportados para a Europa após serem levados a Israel. No entanto, o governo brasileiro se manifestou de maneira preocupada, ressaltando a importância da liberdade de navegação em águas internacionais e condenando a ação militar israelense. A nota oficial enfatizou que o governo reconhece os riscos enfrentados por ativistas pacíficos e reiterou que a segurança dos detidos é uma responsabilidade de Israel.
A situação em Gaza, marcada por uma tragédia humanitária com um número alarmante de mortes e escassez de recursos essenciais, levou organizações de direitos humanos a qualificarem as ações israelenses como genocídio. Desde que os ataques foram iniciados como resposta a uma ofensiva do Hamas, os números são devastadores, com mais de 60 mil vidas perdidas.
Luizianne Lins, que segue para seu terceiro mandato como deputada, tem uma longa trajetória no serviço público, incluindo passagens como prefeita de Fortaleza. A repercussão do seu sequestro mobilizou diversas autoridades brasileiras, que expressaram solidariedade e solicitaram apoio consular para a parlamentar e outros cidadãos capturados. Em mensagem publicada nas redes sociais, a deputada enfatizou a urgência do seu retorno e a necessidade de atenção ao sofrimento do povo palestino, reiterando a importância da solidariedade internacional em tempos de crise humanitária.