Durante dois dias, serão debatidos temas sociais e produzidos quatro relatórios que serão entregues aos líderes dos países-membros e associados do Mercosul. Para a ministra substituta da Secretaria-Geral da Presidência da República, Maria Fernanda Coelho, a participação social nas discussões lembra os Diálogos Amazônicos, evento que antecedeu a Cúpula da Amazônia, em Belém, em agosto. Ela ressaltou a importância de discutir “o fortalecimento do Mercosul a partir da consolidação da democracia e dos instrumentos e espaços da participação social”.
A militar Verônica Ferreira, que representou a sociedade civil no comitê organizador da cúpula, destacou a necessidade de construir uma agenda democrática, colocando a democracia no centro das discussões em uma época em que a democracia está em risco em vários países da região.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, abordou a importância do combate ao racismo e à xenofobia como uma questão econômica, afirmando que o desenvolvimento econômico desejado por todos os blocos de países só será alcançado com o enfrentamento desses problemas.
A embaixadora paraguaia Helena Felip enfatizou a participação social como um elemento fundamental em sociedades democráticas, destacando que é importante contar com mecanismos efetivos que propiciem as condições para que a sociedade organizada possa chegar a boas resoluções.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, aproveitou a ocasião para deixar um convite para a reunião do G20 Social que acontecerá em novembro do próximo ano na capital fluminense.
Por fim, a abertura também contou com a presença de representantes do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que classificaram a retomada da Cúpula Social como um momento importante para escutar a sociedade civil e guiar o processo do Mercosul do futuro.
O Mercosul, formado inicialmente pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, abrange uma área de 14.869.775 quilômetros quadrados e uma população de 295 milhões, sendo mais de 200 milhões de brasileiros.