A decisão de postergar o evento foi baseada em uma análise minuciosa da situação política e social da região. O governo dominicano justificou que o adiamento é fundamental para garantir um fórum mais produtivo e eficaz, que possa realmente atender às demandas de cooperação e diálogo do continente. Além disso, foi destacado que a decisão foi tomada em consenso com parceiros estratégicos. Entre esses, estão os Estados Unidos, criadores originais do evento, além da consulta a importantes instituições internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Este adiamento se dá em um clima de tensão, especialmente com o aumento da presença militar dos Estados Unidos na região do Caribe e a intensificação de operações contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas, uma prática defendida pelo ex-presidente Donald Trump. O contexto da segurança e da cooperação nas Américas torna-se, portanto, ainda mais relevante e problemático.
Em setembro deste ano, a República Dominicana já havia anunciado que não convidaria países como Cuba, Nicarágua e Venezuela para a cúpula, justificando que esses estados optaram por não participar da OEA e não estiveram presentes na edição anterior do evento. Segundo o governo dominicano, essa exclusão busca promover uma maior participação e garantir um desenvolvimento mais coeso do fórum.
A Cúpula das Américas é um encontro crucial que reúne líderes e governantes de toda a América para discutir questões políticas e sociais de importância continental. Desde sua primeira edição em Miami, em 1994, o evento se tornou um espaço significativo para o diálogo nas relações interamericanas. Contudo, o futuro da cúpula de 2026 permanece incerto, pois o Ministério das Relações Exteriores da República Dominicana ainda não anunciou uma nova data para a realização do evento, deixando em aberto os próximos passos da diplomacia nas Américas.
