Os EUA, por sua vez, reconhecem a vitória do opositor venezuelano Edmundo González, intensificando ainda mais a discordância entre os governos dos dois países. A embaixadora dos Estados Unidos em Honduras, Laura F. Dogu, expressou descontentamento em relação a uma reunião entre os ministros da Defesa de Honduras e da Venezuela, criticando a postura de ingerência americana.
A presidente hondurenha, Xiomara Castro de Zelaya, também se manifestou sobre a situação, repudiando a influência dos EUA na política interna de Honduras. Ela denunciou a violação dos princípios de direito internacional e defendeu a soberania e autodeterminação do povo hondurenho. Além disso, Xiomara insinuou que a atitude da embaixadora americana faz parte de um plano para sabotar as eleições presidenciais em Honduras.
As relações entre Honduras e Estados Unidos já foram abaladas anteriormente, em 2009, quando o presidente Manuel Zelaya foi deposto por militares. Na época, Zelaya mantinha laços estreitos com governos considerados hostis por Washington, como Venezuela e Cuba, o que contribuiu para a crise política no país. Agora, sob a presidência de Xiomara Castro, esposa de Zelaya, a tensão entre Honduras e os EUA parece estar novamente no centro das atenções.
Por fim, a suspensão do tratado de extradição entre Honduras e EUA representa mais um capítulo conturbado na história diplomática desses países, com consequências ainda incertas para o futuro das relações internacionais na região latino-americana.
