Essa reação militar israelense à ofensiva do Hamas, que ocorreu no último sábado (7), já representa quase 10% dos aproximadamente 2,2 milhões de habitantes de Gaza. O território, que possui apenas 41 quilômetros de comprimento por 10 quilômetros de largura, é controlado pelo grupo Hamas e banhado pelo Mar Mediterrâneo.
A maioria dos palestinos deslocados está buscando abrigo em escolas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (Unrwa). Segundo Lynn Hastings, coordenadora humanitária para o território palestino, a magnitude dessa crise humanitária é extremamente preocupante, com a destruição de casas, escolas, instalações médicas e outras infraestruturas.
Ataques aéreos já danificaram pelo menos duas escolas da Unrwa, e a expectativa é que o número de pessoas afetadas aumente. No entanto, o acesso do pessoal humanitário e a distribuição de suprimentos em Gaza foram prejudicados pelos ataques, tornando a situação ainda mais grave.
Diante desse cenário, Lynn Hastings faz um apelo às partes envolvidas no conflito para que respeitem e cumpram o direito humanitário internacional. Ela destaca a importância de proteger os civis, especialmente as crianças, as instalações médicas, os profissionais de saúde e os jornalistas. Além disso, há uma demanda pela libertação imediata e incondicional de civis capturados e pelo tratamento humano e digno de todas as pessoas detidas.
Até o momento, as autoridades israelenses relataram mais de 900 mortos e 2,7 mil feridos pela ofensiva do Hamas. Em resposta ao ataque, o governo de Israel declarou guerra e tem atacado Gaza, causando a morte de pelo menos 680 palestinos e ferindo outros 3.700, de acordo com o Hamas.
Esses números, no entanto, estão em constante atualização, já que os confrontos continuam ocorrendo nos dois lados. A situação na região é extremamente instável e requer a atenção da comunidade internacional para buscar uma solução pacífica e garantir a proteção dos civis. A busca por um cessar-fogo e a retomada do diálogo entre as partes envolvidas são medidas urgentes para evitar uma maior escalada da violência e proteger a vida dos palestinos e israelenses.
