INTERNACIONAL – Conflito Irã-Israel: ONU recrudesce tensões com discurso de defensiva do Irã e apoio dos EUA a ataque a usinas nucleares.



A recente reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas trouxe à tona tensões que envolvem Irã, Israel e Estados Unidos, países que estão no centro de um embate que suscita preocupação global. Durante o encontro, cada uma dessas nações teve a oportunidade de expor suas posições sobre a escalada do conflito.

O embaixador do Irã, Amir Saeid Iravani, fez uma declaração firme, enfatizando que seu país não hesitará em responder de forma proporcional aos ataques realizados por Israel e pelos Estados Unidos. Em suas palavras, Iravani reafirmou que o Irã se considera plenamente no direito de se defender contra as ações que considera ameaçadoras. Ele declarou, “a magnitude da resposta será determinada por suas Forças Armadas”, além de apontar que os EUA agem de forma imprudente ao priorizar a proteção do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em detrimento da segurança global.

Iravani ainda clamou ao Conselho de Segurança para que condenasse as ações agressivas contra o Irã e exigiu que medidas eficazes fossem adotadas contra as nações que as perpetram. Contudo, a reunião terminou sem a aprovação de qualquer resolução formal, um sinal claro da complexidade da situação.

Por outro lado, o representante de Israel, Danny Danon, celebrou as recentes ações militares dos EUA, que, segundo ele, marcam um ponto de virada na história ao eliminar uma grande ameaça ao “mundo livre”. Danon criticou abertamente a comunidade internacional por sua aparente indiferença diante das atividades nucleares do Irã, desafiando aqueles que se opõem a Israel e aos EUA.

No dia 13, Israel lançou um ataque repentino contra o Irã, intensificando as hostilidades na região do Oriente Médio. Na sequência, os Estados Unidos realizaram ataques a três usinas nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Isfahan, alegando que o Irã está próximo de desenvolver um arsenal nuclear. Por sua vez, o governo iraniano defende que seu programa nuclear tem propósitos pacíficos e estava em meio a negociações para garantir o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual é signatário.

Apesar das alegações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de que o Irã não está cumprindo todas as suas obrigações, a agência reconhece não ter evidências concretas de que Teerã esteja fabricando armas nucleares. O Irã critica a AIEA, acusando-a de ser influenciada por potências ocidentais que apoiam Israel.

Embora o presidente dos EUA, Donald Trump, tenha questionado informações anteriores que afirmavam que o Irã não estava desenvolvendo armas nucleares, diversas fontes históricas sugerem que o país mantém um programa nuclear sigiloso desde a década de 1950, possivelmente desenvolvendo ogivas atômicas em quantidade significativa.

A situação permanece tensa, com consequências que podem afetar não apenas os países envolvidos, mas a segurança global como um todo.

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