Khamenei descreveu as ações dos “inimigos sionistas” como um “grande erro” e um “grande crime”, prometendo que a punição por essa ofensiva seguiria e já estaria em curso. Este pronunciamento foi o primeiro desde os ataques realizados em 21 de junho, que visavam desmantelar o programa nuclear do Irã. Em sua mensagem, Khamenei apresentou uma imagem simbólica que gerou controvérsia, exibindo um crânio com a Estrela de Davi, evocando reações significativas nas redes sociais.
Trump, por sua vez, não poupou palavras ao sugerir uma mudança de regime no Irã, utilizando uma linguagem provocativa que é característica de sua retórica. “Não é politicamente correto usar o termo ‘mudança de regime’, mas se o atual regime iraniano não consegue tornar o Irã grande novamente, por que não pensar em uma mudança?” Essa afirmativa remete ao seu slogan conhecido, “Tornar a América Grande Novamente”, gerando polêmica não apenas pelos conteúdos, mas também pelo momento escolhido para tal provocação.
No mesmo dia, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu para analisar a escalada do conflito. Durante essa reunião, representantes israelenses e iranianos trocaram acusações enquanto defendiam suas posições sobre o direito à legítima defesa. Os Estados Unidos justificaram o ataque como uma medida necessária para interromper as atividades nucleares do Irã, enquanto países europeus clamaram por uma reabertura do diálogo e um mecanismo de desaceleração do conflito.
No entanto, Rússia, China e Paquistão, membros permanentes do conselho, expressaram seu repúdio aos ataques americanos, sugerindo um descontentamento geral com as táticas de confrontação em vez de diplomacia. A reunião culminou sem a aprovação de qualquer resolução, refletindo a complexidade do cenário atual e a fragilidade das relações internacionais na região. O desdobramento desses eventos continua a suscitar incertezas sobre o futuro do Oriente Médio e do equilíbrio de poder global.