Em relação à ajuda humanitária, o Hamas informou que apenas 40% do que havia sido acordado para entrada na região realmente chegou. O pacto estipulava a passagem de 600 caminhões de ajuda por dia, incluindo 50 caminhões-tanque de combustíveis. No entanto, durante o primeiro mês, menos de 200 caminhões foram efetivamente contabilizados como ajuda, com 60% das remessas comerciais, das quais parte teria sido mal registrada como assistência humanitária. Ademais, o grupo também mencionou a detenção de 35 moradores de Gaza e a demolição de casas, o que resultou em significativa destruição de propriedades civis.
Israel, por outro lado, tem acusado o Hamas de não respeitar o acordo. As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que houve tentativas de infiltração por parte de supostos terroristas, colocando em risco a segurança de seus soldados. Estas alegações foram reforçadas com a identificação de dois indivíduos tentando cruzar a linha amarela.
As tensões são intensificadas pela persistência de bloqueios à ajuda humanitária, especialmente àquela fornecida pela Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), apesar de um parecer da Corte Internacional de Justiça que exige a entrada de suprimentos na Gaza. O Hamas declarou que Israel está impedindo a entrada de mais de 6.000 remessas de itens essenciais.
No tocante às ações do governo israelense, Tel Aviv exige a devolução dos restos mortais de quatro reféns capturados em 7 de outubro deste ano e anunciou que suas operações visam desmantelar completamente a infraestrutura do Hamas. Para isso, o governo enfatiza que continuará com ações decisivas até que todos os objetivos sejam alcançados.
Assim, a situação na Faixa de Gaza se mantém volátil e repleta de desafios humanitários, com a população civil no centro de uma crise que exige urgência e soluções eficazes para restaurar a paz na região.
