As primeiras explosões ocorreram em um carro localizado no denso bairro de Rimal, onde o impacto gerou um incêndio devastador. Testemunhas e equipes médicas no local não conseguiram determinar imediatamente se as cinco vítimas fatais eram ocupantes do veículo ou transeuntes. O desespero tomou conta da cena, com moradores em busca de apagar as chamas e resgatar qualquer sobrevivente.
Logo após o ataque em Rimal, a força aérea israelense intensificou os bombardeios com duas investidas contra residências na cidade de Deir Al-Balah e no campo de refugiados de Nuseirat, na região central da faixa. Esses ataques contribuíram com um saldo trágico de pelo menos dez mortes e numerosas lesões, conforme relataram profissionais de saúde locais.
Mais tarde, um novo ataque aéreo em uma casa no setor oeste da cidade de Gaza elevou dramaticamente o total de mortes para ao menos 20. Os relatos indicam que esse cenário de violência se agrava em meio a uma trégua que já havia sido comprometida na última semana.
As autoridades israelenses justificaram os bombardeios ao afirmar que a retaliação se deu após um suposto infiltrador armado cruzar a fronteira em direção a território controlado por Israel, alegação que foi rapidamente contestada. Um oficial do Hamas repudiou as declarações israelenses como infundadas, caracterizando-as como uma “desculpa para a matança” e reafirmando o compromisso de seu grupo com o cessar-fogo.
Nos últimos meses, Israel e Hamas têm se envolvido em um ciclo constante de acusações mútuas, pelos quais ambos os lados se declaram culpados por violar o acordo estabelecido há mais de seis semanas. A continuidade deste conflito traz à tona uma situação humanitária crítica, com milhares de civis ameaçados por uma nova onda de violência.
