A crítica se intensificou quando Cheung alegou que “o comitê do Nobel provou que eles colocam a política acima da paz”, insinuando que a decisão de premiar Machado, uma figura proeminente na luta contra o regime autoritário da Venezuela, era uma demonstração de viés político. O comitê norueguês justificou a escolha ao reconhecer o papel de líderes que se levantam em defesa da liberdade, citando a coragem de Machado na resistência ao autoritarismo.
Desde a sua campanha eleitoral, Trump nutriu a expectativa de ser indicado ao Nobel, realizando uma série de ações diplomáticas e promovendo um cessar-fogo nas hostilidades em Gaza, o que, segundo seu governo, reforçaria seus argumentos para a indicação ao prêmio. Embora ainda não tenha se pronunciado diretamente sobre a controvérsia, o presidente republicano compartilhou vídeos em suas redes sociais que destacam as comemorações de seus apoiadores relacionadas ao acordo de paz em Gaza.
Essa polêmica não apenas evidencia o embate entre a Casa Branca e o comitê do Nobel, mas também ilustra as complexas dinâmicas políticas em jogo em tempos de polarização global. A escolha de premiar uma oposicionista venezuelana enquanto uma liderança de um país como os EUA é desprezada levanta questões sobre as prioridades e a percepção de paz e liberdade no cenário internacional.